A verdade seja dita, desenvolvi uma estranha compulsão em dividir tudo que significasse algo para mim ou que pudesse ser útil para os outros. Isso intensificou muito quando atingi a marca dos 10 mil seguidores lá no Instagram em 2017, mas acho que essa necessidade seja parte da minha personalidade e desde na infância, quando eu decidia, organizava e criar as brincadeiras.
Mas, hoje , a culpa me consome. Como alguém conseguiria justificar a condição muito boa de vida (tendo tudo do bom e do melhor no conforto de seu lar) quando a maioria está preocupada, tensa sem ter futuro certo sobre seus trabalhos, contas, empresas? Como genuinamene inspirar o próximo quando tantas injustiças da Humanidade estão tão evidentes? Como inspirar os que necessesariamenre precisam continuar seus trabalhos ?
Me pergunto como minha influência pode servir ao próximo. Acredito que seja mantendo o otimismo, a praticidade. Deixando diariamente formas simples de tocar a vida dia após dia, escrevo textos no meu blog e no blog de alguns clientes, penso que muitos precisam daquela palavra.Hoje estou Ciente de que mostrar minha imagem não faz parte das prioridades. Pensei nas nossas Fotos da cidade de Curitiba, nas fotos cuidando da educação dos filhos em casa, será que seriam uma boa comunicação nessa hora ?
será que refletem ao menos parte das pessoas que me acompanham?
Me parece inapropriado ver influencers fazendo de conta que nada está acontecendo e seguindo a postar normalmente, marcando marcas, grifes, coleções, em Um post vazio de empatia. Me pergunto o que é influência de fato? É sobre roupas, compras, makes, fórmulas mágicas que criam empresas milionárias ? ou seria sobre algo maior, mais nobre?
Com toda sinceridade , acho muito difícil acertar o posicionamento público quando o mundo está em crise, e calma, está tudo bem! Percebi diversas empresas e empresários que eu admiro em inúmeros aspectos escorregando nas postagens e discursos nessas horas.
Porém vale dizer que Não é hora de postar um TBT das férias nas praias particulares das Bahamas e não é hora para parcerias novas nos formatos de publicidade escancarada. E lançar produtos nessa fase pode ser devastador para sua marca.
Talvez a resposta resida no postar menos, na divulgação com mais propósito e em segundo plano. Experienentar Consciência de não ter todas as respostas, uma postura mais fraterna com toda e qualquer ansiedade que o outro possa estar passando. Grandes marcas, grandes personalidades públicas, Líderes vão errar porque na crise não tem bem um caminho certo. Só um caminho doloroso que precisa sim ser respeitado. E até que tudo se acalme, tenha paciência com todos que publicamente dependem da exposição para sobreviver. Estamos também aprendendo a atravessar esse momento único da história da humanidade.
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